Urubici

Conta a lenda que uma índia de uma expedição indígena teria alertado o líder de nome “Bici” sobre a presença deum  pássaro de nome “Uru” com habitat na região. E assim se compôs o nome do local, que mais tarde seria a cidade. Outra versão diz que Urubici é a designação, na língua tupi-guarani, de um pássaro (Uru) lustroso (bici), muito comum por ali. Tenta-se explicar, desta maneira, o nome hoje conhecido. Fato é que esta mesma cidade, cujo nome tem sua origem nos povos que antecederam  aos colonizadores,  representa, um dos mais belos panoramas naturais de Santa Catarina, digno de uma expedição fotográfica.

 

             Foi com este intuito que “subimos a serra”, como costumamos dizer por aqui, onde as temperaturas de 28 ou 30 graus na partida, despencam  para a casa próxima do zero, em questão de duas horas de viagem, ou 150 km de distância. Assim é a serra catarinense, que tem em Urubici uma de suas máximas expressões.

Mas o clima ali nesta época do ano, entrada de inverno, muitas vezes é adverso, e força o fotógrafo a se desdobrar, para realizar seu trabalho. A forte neblina que a caracteriza, quando manifestada na sua plenitude  “ apaga o sol”, dando às paisagens um clima de mistério, e desafia o fotógrafo no seu intento, fazendo-o   repensar sua proposta inicial.

E assim foi. De uma tarde, com alguns lampejos de sol da sexta-feira, onde consegui fotografar a bela paisagem do Morro da Igreja no alto de seus 1822 metros de altura (ponto mais elevado do Estado de Santa Catarina) com sua vista para a “pedra furada” (alguns a chamam de “janela furada”), passamos o sábado e domingo em busca de temas compatíveis com o clima e a luz predominante.

 

 

Uma  sapecada de pinhão sob a copa de uma milenar araucária, salvaram o  dia do sábado. 

Já no domingo me contentei com um galo e algumas galinhas de angola, que passeavam desprevenidos no pátio de nosso galpão- alojamento. Mesmo assim, fizemos a festa.