domingo, 15 de junho de 2014

ENCONTROS ...

sempre valem a pena, mesmo quando chove!!! Não só porque há diversidade de olhares, pensamentos, ideias, crenças, histórias ... Mas porque há admiração, respeito, espírito de equipe, e dignidade (como disse o Getúlio).

Juntos somos fortes, unidos somos poderosos! Na universidade costumávamos usar esta frase quando o foco era o respeito ao meio ambiente; mas cabe também aqui para o grupo Fotomotriz.

Afinal, assim o sinto. “Fotomotriz, força que impulsiona” cá dentro, mesmo quando chove lá fora. Porque há LUZ e, por conseguinte, há SOL; apenas não o vemos. Mas ele está lá, no mesmo lugar, iluminando especialmente os que o buscam; não só na madrugada como também nos dias que antecedem a saída e o encontro (principalmente com relação à previsão do tempo).

Só porque hoje choveu, fui/fomos agraciados com um ENCONTRO SINGULAR: o mar e suas ondas infindáveis; o rancho, seus pescadores e histórias; os fotógrafos, seus equipamentos e olhares.

Hoje e sempre poderíamos cantar e caminhar e clicar ...  pela “Estrada do Sol” (Jobim e Duran): “É de manhã, vem o sol, mas os pingos de chuva que ontem caiu ainda estão a brilhar, ainda estão a dançar ao vento alegre ... vamos sair por aí ...”

A foto é do outro dia que ele (sol) apareceu, mesmo timidamente; embora as tainhas tenham deixado os pescadores esperando, como o da foto. (além de nós, é claro)

Cedo, muito cedo e sem sol...

Pelas cinco e meia da manhã começa a agitação na casa de fotógrafos que pretendem chegar à praia antes do sol nascer. Mesmo horário, aliás, em que os pescadores se encaminham para os ranchos de pesca.
Preparam o café, põem as conversas em dia, assaltaram o rancho do Getúlio! e arrumam a mesa para o dominó: o mar está agitado...
Seu Hélio já nos recebe com o café (vida dura...) e Getúlio, por que gosta, e também por dó de não fotografarmos o nascer do sol (está chovendo) nos conta muito da história da pesca artesanal, nos ensina coisas de luta pela preservação dos costumes. Ouvimos atentos as histórias sérias, de canoas, do Ministro da Pesca, das tainhas carregando seus filhos nas escamas...  e morremos de rir com as histórias do Hélio, como aquela da pata que chocou as ovas de tainha. Valha-me!



Vamos para o café, conversamos mais, reprogramamos a câmera da Sônia, chega Milton Osteto e nos ajuda, e tira estas nossas foto:




Tainha, hoje, só a que a minha vizinha está lá, consertando:



segunda-feira, 9 de junho de 2014

3000 Tainhas na rede do Fotomotriz

Amanhecer na beira do mar, conviver com os amigos de mais de uma década, homens de todos os trabalhos mas, neste maio e junho pescadores; trocar de praia, andar pela ilha e fora dela à caça - ou à pesca de imagens, tudo isto acompanhada do meu grupo Fotomotriz.
Eis porque estes anos todos com o grupo valeram a pena, e valem a cada novo encontro, mesmo quando chove, mesmo quando só uma ou nenhuma coruja aparece. Mesmo quando repetimos as borboletas, porque figurinha repetida também se troca, e a imagem clicada em qualquer tempo nunca se repete, nunca mais.
Pessoas que nem sempre comungam das mesmas idéias e da mesma estética, cada qual com seu olhar, sua técnica, sua forma de estudar e de buscar. Mas que juntos se tornam mais fortes para observar as imagens que estão múltiplas aí no mundo à disposição de qualquer um, só que elas, as imagens, não se dão facilmente.
Aqui, alguns de nós.
Mais adiante, algumas tainhas.
E sempre ela, a Fotografia.
E eu me pergunto: "O que Eu quero?"