De boas intenções, aliás, diz-se que o inferno está cheio. De más fotografias, também.
Fotografar palco oferece inúmeras dificuldades: a luz instável é a principal, onde nunca, de forma alguma, poderemos lançar mão de flashes. Aliás, espetáculos de dança e de teatro são especilamente mal iluminados (do ponto de vista de intensidade). Isto por que os efeitos de luz focal específica geram bons resultados para quem está vendo, os espectadores. Mas nós, fotógrafos e fotógrafas, somos os intermediários. Nós vemos e precisamos 'dar a ver' a cena. E temos que refletir: o que fazer para conseguir boas fotos...?
A fotografia pede que você conheça o assunto. Ou seja, se o assunto é futebol, saiba o que rola quando acontece o gol. E sobre o momento que o precede, e sobre os detalhes plásticos do espetáculo. Levei quase um ano para conseguir fotos de Hóquei sobre patins, por exemplo.
Temos que ainda conhecer o local, as possibilidades de posicionamento, a luz utilizada.
E o equipamento...
Precisamos de uma tele, ainda que não muito longa. Eu trabalhei com uma 200mm, abertura 2.8. E um iso alto, pois o importante aí é o registro da imagem. Imagem toda certinha é para estúdio, muita luz controlada...
Finalmente, podemos pensar em duas vertentes de produção de imagem: quem encomendou a imagem e a imagem pessoal, criativa. Se é necessário entregar o material, as fotos não precisam ser exatamente 'previsíveis', mas têm que ter nitidez. E, quem posou, afinal, quer ver a sua cara.
Mas se o trabalho é seu, autoral, você pode dar a sua cara, sua assinatura, e registrar as coisas que mais lhe impressionam (e fotografia nada mais é do que a imagem impressionada). Daí, a viagem é sua...
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