Não é à toa que dizemos que tal coisa, assim tão sedutora, é uma cachaça!!!
Cachaça é uma bebida deliciosa, e os especialistas 'cachaçólogos' recomendam: 15 minutos para apreciar cada dose! Senão... cair, levantar..., cair!!!
Segunda de carnaval, pegamos nosso 'expresso rural' e nos mandamos para o baile no sertão.
Estávamos em busca de 'paisagens campestres' e lá estava o alambique, hipnótico: venham, venham, venham....... (Garrafa cheia eu não quero ver sobraaaaarrrrrr.....!).
Fomos, nos divertimos um mundo, bebemos excelentes cachaças, o mestre cachaceiro Zeca, gente boa demais, recebendo a nós e outros mais, com doses alegres e generosas da sua especialidade.
Antes, encontramos e fotografamos árvores, paisagens, gado, tudo dentro de uma capital de estado, coisa que pasma o turista e a nós mesmos. Após a degustação, a saturação aumentou e a gente viu willys, rural, moenda, borboleta azul, cornos de boi...e muitas luzes!
(Tá bem, autorização para postar AQUI a foto do 'cornos de boi'...).
As curvas da estrada permaneceram bem feitas pelo motorista consciente, Ronaldo, que ficou só no cheiro...
Já tem gente que.... bom, nem precisa falar, olhaí, ói ói ói:
Eu, que peguei a cachaça e fiquei posando na luz tão bonita (luzetílica, uma outra qualidade da luz, ainda não estudada formalmente...), fui obrigada ao sacrifício de beber várias e diversas vezes até que a foto dos colegas ficasse bem. ISTO é coleguismo!
Apreciem o ser humano e a paisagem campestre, enquanto ainda conseguimos preservar alguma.
Fotomotriz força que impulsiona através luz. Diários, todo dia há coisas que se ver, sol, raio, urubu, ninho, janela com moça com gato no colo, mulher que passa, homem também, trem, índio, maluco, mameluco, mamulengo, só porque há luz é que é assim..
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Pelos alambiques da vida...
"Tá na hora de passar o Paulo
Lopes", assim se inicia o rito dos finais de semana, ao tomar a primeira
cachacinha, lá pelas 10 da manhã, “abrindo os serviços”. Cabe aqui uma
explicação, “passar o Paulo Lopes” se refere ao único ônibus que passava no
vizinho município de Paulo Lopes, quando a Br101 não era nem pavimentada. E a
espera se dava num boteco à beira da mesma, regada por uma cachacinha para
aquecer a garganta. A expressão ganhou a estrada, e outro dia eu a vi ser
usada, em Rio Verde de Goiás. Podem acreditar que é a pura verdade.
Pois não é que a “mardita” como é
apelidada nos botecos desde Brasil afora, fez parte de nossa incursão
fotográfica, (digo, alcóolica) pelo Sertão do Peri. Aquilo que iniciou num
sério e respeitável tour fotográfico, abruptamente terminou quando demos de
frente com uma encruzilhada, onde o “despacho”, era a placa...
E então teve início a sessão de
“degustação”. Degustação não; é muita sofisticação para a nossa popular
“pinga”. Só faltava “harmonizar” com algum queijinho...Foi sessão de “prova”,
mesmo.
Começamos com uma branquinha, passamos pela
“do delegado”; aí veio uma “azuladinha” destilada com folha de bergamota; tinha
uma com casca de sassafrás, e assim por diante...
E deste ritual fez parte a oferta ao
“santo”, que normalmente é acompanhada com pouquinho da cachaça atirada ao
solo, o que não ocorreu neste caso, por conta de alguns “esganadinhos”...
Depois, foi “sorvida” vagarosamente,
e deixada descansar na língua, para apurar o sabor, e evitar a queimação na
garganta. Daí por diante foi por conta dos “espíritos”.
E tudo isto ocorreu, sob o olhar de
inveja do motorista de plantão, impossibilitado pela lei seca ....Haja,
tristeza.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
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