quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Cachaça, ô, Fotografia!!!!!

Não é à toa que dizemos que tal coisa, assim tão sedutora, é uma cachaça!!!
Cachaça é uma bebida deliciosa, e os especialistas 'cachaçólogos' recomendam: 15 minutos para apreciar cada dose! Senão... cair, levantar..., cair!!!


Segunda de carnaval, pegamos nosso 'expresso rural' e nos mandamos para o baile no sertão.



Estávamos em busca de 'paisagens campestres' e lá estava o alambique, hipnótico: venham, venham, venham....... (Garrafa cheia eu não quero ver sobraaaaarrrrrr.....!).
Fomos, nos divertimos um mundo, bebemos excelentes cachaças, o mestre cachaceiro Zeca, gente boa demais, recebendo a nós e outros mais, com doses alegres e generosas da sua especialidade.


Antes, encontramos e fotografamos árvores, paisagens, gado, tudo dentro de uma capital de estado, coisa que pasma o turista e a nós mesmos. Após a degustação, a saturação aumentou e a gente viu willys, rural, moenda, borboleta azul, cornos de boi...e muitas luzes!
(Tá bem, autorização para postar AQUI a foto do 'cornos de boi'...).
As curvas da estrada permaneceram bem feitas pelo motorista consciente, Ronaldo, que ficou só no cheiro...
Já tem gente que.... bom, nem precisa falar, olhaí, ói ói ói:



Eu, que peguei a cachaça e fiquei posando na luz tão bonita (luzetílica, uma outra qualidade da luz, ainda não estudada formalmente...), fui obrigada ao sacrifício de beber várias e diversas vezes até que a foto dos colegas ficasse bem. ISTO é coleguismo!
Apreciem o ser humano e a paisagem campestre, enquanto ainda conseguimos preservar alguma.






Pelos alambiques da vida...


"Tá na hora de passar o Paulo Lopes", assim se inicia o rito dos finais de semana, ao tomar a primeira cachacinha, lá pelas 10 da manhã, “abrindo os serviços”. Cabe aqui uma explicação, “passar o Paulo Lopes” se refere ao único ônibus que passava no vizinho município de Paulo Lopes, quando a Br101 não era nem pavimentada. E a espera se dava num boteco à beira da mesma, regada por uma cachacinha para aquecer a garganta. A expressão ganhou a estrada, e outro dia eu a vi ser usada, em Rio Verde de Goiás. Podem acreditar que é a pura verdade.

Pois não é que a “mardita” como é apelidada nos botecos desde Brasil afora, fez parte de nossa incursão fotográfica, (digo, alcóolica) pelo Sertão do Peri. Aquilo que iniciou num sério e respeitável tour fotográfico, abruptamente terminou quando demos de frente com uma encruzilhada, onde o “despacho”, era a placa...

 

E então teve início a sessão de “degustação”. Degustação não; é muita sofisticação para a nossa popular “pinga”. Só faltava “harmonizar” com algum queijinho...Foi sessão de “prova”, mesmo.
 Começamos com uma branquinha, passamos pela “do delegado”; aí veio uma “azuladinha” destilada com folha de bergamota; tinha uma com casca de sassafrás, e assim por diante...
E deste ritual fez parte a oferta ao “santo”, que normalmente é acompanhada com pouquinho da cachaça atirada ao solo, o que não ocorreu neste caso, por conta de alguns “esganadinhos”...

 

Depois, foi “sorvida” vagarosamente, e deixada descansar na língua, para apurar o sabor, e evitar a queimação na garganta. Daí por diante foi por conta dos “espíritos”.

E tudo isto ocorreu, sob o olhar de inveja do motorista de plantão, impossibilitado pela lei seca ....Haja, tristeza.