quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Dos Dias na Europa

A Europa é vasta, motivo pelo qual sempre me concentro quando vou. A dispersão que conduz o turista a ver tudo faz com que ele não veja nada. Prefiro visitar um só país e buscar compreendê-lo: sua língua, seu povo, sua história, geografia e arte.
Muitos turistas não conseguem sequer pasmar diante de uma obra de Dali: é preciso fotografá-la e rapidamente ceder lugar ao próximo turista - são filas para ver as obras de Dali, Gaudi, Picasso, Miró, tantos...
Desta vez, Espanha: um museu a céu aberto.

Atualmente, felizmente, o monopólio do face a face com a obra original não é mais dos ricos: muitos podem ir vê-las, de forma que os museus ficaram pequenos, o tempo ficou curto e é meio idílica a idéia de que possamos estar na frente da nossa obra tão desejada e admirá-la, manter comunicação com ela, refletir diante dela e de sua historicidade. Os tempos mudam e ficam mais e mais democráticos, e isto é bom. Mas tem-se que pensar em uma saída para que a obra de arte não seja tão banalizada, um consumo rápido e fácil, quase uma camiseta com uma estampa onde lemos: Guernica - eu vi.

Em um hotel em Andorra, um principado fincado nos Pirineus, divisa com a França, foi que me deparei com um periódico com uma fotografia incrível, vencedora do Prêmio Godó de Fotoperiodismo. O autor, Alfons Rodriguez, clica uma família recebendo o corpo do filho, muçulmano, vitimado pelos conflitos com os sérvios. Acerta em cheio "o sempre difícil binômio Arte-Informação".
Passo o blog do jornalista de Barcelona, com a foto premiada. A seguir, transcreverei uma análise de Pepe Baeza sobre o foto periodismo (fotojornalismo).
Eis o blog de Rodriguez, com a fotografia premiada:

http://walkoneartharmphoto.blogspot.com/

Nenhum comentário:

Postar um comentário